Ouça aqui as entrevistas conduzidas pelos apresentadores Carolina Ercolin e Haisem Abaki
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Iniciada há um mês, a campanha de vacinação contra a gripe, do Ministério da Saúde, atingiu apenas 22% do público-alvo, de acordo com a pasta. Idosos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, e professores da rede pública de ensino, estão entre os que devem ser vacinados. Os Estados com as menores porcentagens de população vacinada são o Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal. No Estado de São Paulo, o índice de vacinação está em 23%, chegando a 27% entre os idosos. O balanço foi apresentado hoje pela diretora da Divisão de Imunização do Centro de Vigilância Epidemiológica, Maria Lígia Nerger, durante entrevista à Rádio Eldorado. A meta da campanha é atingir 90% do público-alvo. Segundo ela, a desinformação sobre vacinas nos últimos anos contribuiu para a queda na adesão da população, mas houve uma pequena recuperação em 2023. Os índices de vacinação também são baixos entre crianças e adolescentes contra a dengue e a covid.
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Defesa Civil do Estado realizam hoje uma vistoria técnica em uma cratera que surgiu em 2007 e avançou nos últimos anos na cidade de Lupércio, no interior de São Paulo. A erosão fica em uma propriedade particular na zona rural, mas avança para a área urbana do município, que tem mais de 3 mil habitantes. O buraco, tecnicamente chamado de voçoroca, mede atualmente cerca de 300 metros de comprimento, 25 metros de largura e 15 metros de profundidade, segundo a Prefeitura local. A Defesa Civil do Estado informa que a extensão é de 226 metros, Em entrevista à Rádio Eldorado, o pesquisador Gerson Almeida Filho, do IPT, disse que a cratera resultou da retirada da vegetação da área e da drenagem equivocada das águas da chuva, que segundo ele ocorre em vários municípios paulistas. Para o especialista, serão necessárias obras de engenharia e uma das soluções seria utilizar o próprio buraco ou fazer um novo desvio das águas.
Após a reação da cúpula da Polícia Civil, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, recuou da decisão de a Polícia Militar registrar ocorrências de menor potencial ofensivo, os chamados Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs), e anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar a viabilidade da medida. A proposta foi apresentada como forma de agilizar o trabalho da PM para evitar longas esperas nas delegacias e liberar os agentes para o policiamento de rua, mas sofreu resistência da Polícia Civil. Em entrevista à Rádio Eldorado nesta terça-feira, o vice-governador paulista, Felício Ramuth, considerou a ideia inicial do secretário Derrite como positiva, mas admitiu “falha na comunicação” sobre a adoção da medida, que agora passará por uma reavaliação.
A desvalorização do real frente ao dólar tem se ampliado nos últimos dias após o afrouxamento da política fiscal do governo e a crescente tensão entre Israel e o Irã. Além disso, houve uma sinalização do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que o ritmo de redução da taxa Selic pode ser reduzido, caso as incertezas da economia interna prossigam e os Estados Unidos demorem para baixar os juros. Isso pôs fim ao consenso que existia no mercado sobre o resultado da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no mês que vem. Embora a estimativa de um corte de 0,5 ponto porcentual ainda seja majoritária, algumas casas financeiras passaram a trabalhar com um corte de 0,25 ponto porcentual já em maio - o que levaria a taxa básica de juros para 10,50% ao ano, ante os atuais 10,75% ao ano. De 33 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, quatro já diminuíram a expectativa para a próxima reunião. Em entrevista à Rádio Eldorado, o economista Mauro Rochlin, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), disse que é difícil controlar os fatores externos que afetam a economia brasileira, mas ressaltou que o País “precisa fazer a lição de casa e cuidar da política fiscal”.
A ampliação dos tentáculos do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC) ao tentar se infiltrar no Poder Público, principalmente o paulista, prova que máfias são parasitárias e que grudam, sugam e corrompem o Estado e seus agentes. A avaliação é do jurista, professor, escritor e ex-desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) Wálter Fanganiello Maierovitch. “Quando elas grudam no Estado, as máfias, elas vão influenciar licitações, toda atividade administrativa do Estado”, disse em entrevista ao Estadão.
Antes de iniciar o processo de reestruturação da Fundação Casa, é preciso entender porque menores infratores têm entrado no sistema. A avaliação é da consultora na área de direitos humanos, Berenice Gianella. À frente da antiga Febem entre 2005 e 2017, Berenice comandou 146 unidades que abrigavam 10.500 adolescentes. Desde 2018, o número de internos têm caído e o sistema atende hoje cerca de 5 mil jovens em 111 sedes. O governador Tarcísio de Freitas defendeu, além do enxugamento do sistema, a realização de parceria público-privada. Em entrevista ao Jornal Eldorado, Gianella ressalta que o processo de escolha deve ser transparente, passando pela avaliação das causas da ociosidade e do modelo de privatização a ser proposto.