Eliane Cantanhêde

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"Lula cansou e Itamaraty também. Isso é ruim para Venezuela"

A ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela rebateu o Itamaraty que, ontem, mudou o tom e criticou Caracas pela primeira vez por impedir o registro da opositora Corina Yoris para disputar a eleição. Por outro lado, o regime chavista agradeceu nominalmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela “solidariedade”. Em nota, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, repudiou a declaração do Itamaraty sobre as eleições e disse que o comunicado parecia “ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos EUA, onde são emitidos comentários carregados de profundo desconhecimento e ignorância sobre a realidade política na Venezuela”. "O governo brasileiro, particularmente o presidente Lula, demoraram um bocado. Ele cometeu sucessivos erros na abordagem do que acontece na Venezuela e agora não teve mais jeito; o que está acontecendo no País é um escândalo atrós atrás do outro. Lula cansou, Planalto também e o Itamaraty já está assim há muito tempo. Isso é ruim para a Venezuela; para o Brasil não faz nenhuma diferença não estar tão bem com o País. O mundo já isolou a Venezuela e agora também vamos tirar gradualmente este apoio", diz Cantanhêde.

27/03/2024 | 13h31
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Eliane entrevista senador Efraim Filho (União/PB)

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados analisará nesta terça-feira, 26, o pedido de prisão do deputado Chiquinho Brazão. Ele está preso desde domingo, 24, depois de uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Brazão é acusado de ser o mandante do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ontem, a Executiva Nacional do União Brasil aprovou, por unanimidade, a expulsão do deputado federal do partido. A representação contra Brazão foi apresentada pelo deputado federal Alexandre Leite (União-SP) e relatada pelo senador Efraim Filho (União-PB). 

26/03/2024 | 13h02
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"Rivaldo fazia jogo do bonzinho, tinha dupla personalidade e é chave na investigação"

O delegado Rivaldo Barbosa assumiu a chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro, em 13 de março de 2018, véspera do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Neste domingo, 24, ele foi um dos presos pela Polícia Federal (PF) por suspeitas de planejar o crime e de atuar para proteger os apontados como mandantes dos assassinatos. O advogado Alexandre Dumans, responsável pela defesa do delegado, afirmou que Rivaldo “não tem participação em crime nenhum”. "É uma coisa quase patológica; este cidadão fazia o jogo do bonzinho e tinha dupla personalidade. Os outros são investigados por obstrução de Justiça. Ele é investigado por ser mentor do crime; foi uma espécie de conselheiro sobre como cometer o crime e não deixar vestígios. O Rivaldo é chave de toda esta investigação. A do caso Marielle está concluída, mas há desdobramentos", avalia Eliane.

25/03/2024 | 13h11
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"Cid se queimou com bolsonarismo e se isola do lado da investigação"

A Polícia Federal sugeriu que Mauro Cid seja ouvido pelo juiz instrutor do caso para esclarecer áudios em que o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro ataca o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e a própria PF. Cid será ouvido hoje, às 13h, pelo juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Os áudios foram divulgados pela revista "Veja" ontem à noite. De acordo com a reportagem, Cid afirmou que a PF está com a “narrativa pronta” e que os investigadores “não queriam saber a verdade”. "Quem vai para o fundo do poço, definitivamente, é o Cid. Ele se queimou com o bolsonarismo quando fez delação premiada, agora se isola do lado da investigação. Ele pode efetivamente perder os benefícios da delação premiada. Há dúvidas se Cid falou por estar malcomunado com o bolsonarismo mais uma vez ou se o flanco armou uma armadilha para ele. Eu tendo a acreditar na segunda hipótese", diz Cantanhêde.

22/03/2024 | 14h39
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Eliane sobre móveis 'sumidos': "Esta história tem um lado ridículo, mas tem um lado grave"

O governo do presidente Lula localizou os 261 móveis que o petista e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, acusaram de ter “sumido” após a saída do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro do Palácio da Alvorada. Os itens “perdidos” estavam espalhados dentro da própria residência oficial e foram localizados até setembro do ano passado – dez meses depois da primeira inspeção no local. Antes da descoberta, o casal presidencial comprou peças de luxo alegando como motivo a ausência dos objetos. "É mais um vexame. O presidente da República tem de ter a responsabilidade de não fazer este tipo de acusação em público. Além de tudo, é tiro no pé, porque dá de bandeja para Bolsonaro balas e armas para o ex-presidente usar contra ele. Esta história tem um lado ridículo, mas tem um lado grave", opina Cantanhêde.

21/03/2024 | 13h37
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"Mais pareceu uma jogada de marketing que deu errado"

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou ontem que o STF homologou delação premiada concedida pelo ex-policial militar Ronnie Lessa no inquérito que apura o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista Anderson Gomes. O ato de homologação foi referendado pelo relator do caso no STF, o ministro Alexandre de Moraes. Segundo o ministro, a elucidação do caso está próxima. "Este anúncio foi muito estranho, sobre homologação de algo que todo mundo já sabia há tanto tempo, sem nenhum dado adiante. Na segunda-feira, na primeira reunião ministerial do ano, o presidente Lula pediu mais entusiasmo dos ministros. Então o anúncio mais pareceu uma jogada de marketing que deu errado do que algo com avanços do caso do ponto de vista da Justiça", diz Eliane.

20/03/2024 | 14h41
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